O mundo inteiro (ou quase) vai ficar às escuras durante uma hora na noite deste sábado, 22 de março. Tudo para assinalar a Hora do Planeta, o maior evento mundial dedicado à sensibilização para a proteção do planeta.
Desde 2007 que várias cidades de todos os cantos do mundo apagam as luzes precisamente ao mesmo tempo, numa tomada de posição contra as mudanças climáticas. A iniciativa é promovida pela World Wide Fund For Nature (WWF) que, este ano, volta a convidar os municípios e cidadãos a desligar as luzes entre as 20h30 e as 21h30.
“Este ano, queremos criar a maior Hora do Planeta de sempre, reunindo mais pessoas e mais ações em prol da nossa casa comum”, sublinha Ângela Morgado, diretora-executiva da associação ambientalista WWF Portugal.
Nos últimos dias já vários municípios anunciaram que vão aderir à iniciativa, como Loulé, Chaves, Gaia e Câmara de Lobos, mas deverão juntar-se muitos outros. Em 2024, mais de 70 municípios portugueses juntaram-se ao movimento e apagaram as luzes durante uma hora.
Este ano, a WWF Portugal lançou o Banco de Horas, onde cada pessoa, empresa ou município poderá registar as suas ações e medir o impacto real do seu contributo para um mundo mais sustentável. Além de contabilizar o tempo dedicado ao planeta, a ferramenta oferece sugestões de atividades em várias áreas, como fitness e bem-estar, sustentabilidade, alimentação, artes e criatividade.
O objetivo, sublinha a organização, é “proporcionar a todos a oportunidade de contribuir de forma significativa e de ver o seu esforço somado ao de milhares de outros, criando um movimento poderoso e transformador”.
O simples gesto simbólico de apagar as luzes de casas, edifícios e monumentos, transformou-se num “movimento global, ativo e mobilizador, que chama à ação para a preservação do nosso planeta”. Tudo começou em 2007, em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de duas mil empresas apagaram as luzes por uma hora numa tomada de posição contra as mudanças climáticas.
Um ano depois, esta hora tornou-se um movimento de sustentabilidade global com mais de 50 milhões de pessoas em 135 países a mostrarem o seu apoio à causa ao desligarem simbolicamente as suas luzes. Vários países associaram-se à iniciativa e não tardou vermos grandes marcos como a Ponte Golden Gate, em São Francisco, o Coliseu de Roma ou a Torre Eiffel, em Paris, ficarem sem luz pela causa.
Já em Portugal, o arranque foi tímido: nos primeiros anos ouvíamos falar da Hora do Planeta de passagem nas notícias, depois começámos a ver ações nas principais metrópoles ou concelhos mais ativos. Agora, são mais de 70 os municípios portugueses a aderir à iniciativa.