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Nova série de sucesso da Netflix é inspirada nos assassinatos que chocaram a Suécia

"Descoberta Decisiva" estreou a 7 de janeiro e já está a subir no top da plataforma de streaming, tanto em Portugal como no mundo.
É um caso chocante.

E se um crime que, durante 16 anos, nunca foi resolvido pudesse ser fechado graças à ciência do ADN? Foi exatamente isso que aconteceu no caso real que inspirou “Descoberta Decisiva”, a nova minissérie da Netflix que estreou a 7 de janeiro e que já está a ser um sucesso mundial e em Portugal é atualmente a quarta produção mais vista.

Num misto de investigação policial e inovação tecnológica, a obra sueca de quatro episódios mergulha no duplo homicídio que chocou a cidade de Linköping em 2004 — um mistério que parecia destinado a permanecer sem resposta até que a genealogia genética entrou em cena. A narrativa foca-se num duplo homicídio que ocorreu em 2004 em Linköping e que deixou o país em choque. Durante 16 anos, o caso permaneceu sem solução até que um detetive se uniu a um genealogista para identificar o assassino, antes que o crime fosse arquivado. A série mergulha na investigação altamente mediática.

O elenco é liderado por Peter Eggers, conhecido por “Snabba Cash”, no papel do detetive responsável pela investigação, e Mattias Nordkvist, de “Deliver Me”, como o cientista cuja experiência foi crucial para resolver o caso. A realização está a cargo de Lisa Siwe, reconhecida por “Glowing Stars” e “Modus”, enquanto que o guião foi escrito por Oskar Söderlund, de “Snabba Cash” e “The Dark Heart”. 

“Interpretar o detetive foi um desafio emocionante. A profundidade emocional e a determinação do personagem em resolver um caso tão complexo foram aspetos que me atraíram imediatamente para o guião”, revelou Peter Eggers, de 44 anos, ao jornal sueco “Dagens Nyheter”.

Mais importante que um investigador focado em descobrir a verdade é o uso da ciência genética na série. “Este caso real e chocante demonstrou como a ciência pode ser uma ferramenta poderosa na resolução de crimes. Foi fascinante explorar isso através do meu personagem”, salientou Mattias Nordkvist à revista “Svenska Dagbladet”.

O objetivo, porém, era criar uma série que não contasse apenas a história do crime, mas que também explorasse as implicações éticas e emocionais do uso de novas tecnologias na investigação criminal. O guião “ganhou vida” graças à “combinação de elementos de suspense com a profundidade das personagens”, disse Lisa Siwe, a realizadora, ao “MovieZine”. “Isto foi fundamental para manter o público envolvido. Queríamos que os espectadores sentissem que fazem realmente parte da investigação.”

A produção está a receber críticas mistas dos meios internacionais. Um dos aspetos mais mencionados é o facto de tentar condensar uma investigação de 16 anos em apenas quatro episódios, o que resulta numa narrativa “que parece apressada”, descreve o “MovieZine”. Quanto aos lados positivos, destaca-se a atuação de Annika Hallin, que interpreta Karin, uma testemunha que não consegue recordar o rosto do assassino. “A confusão e angústia que mostra é um dos pontos altos porque representa de maneira eficaz o dilema psicológico que ela sentiu.”

Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em janeiro nas plataformas de streaming e canais de televisão.

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