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Barreiro tem um novo anfiteatro para eventos e espetáculos

O auditório, inaugurado no final do mês de dezembro, faz parte da Casa da Cidadania Cabós Gonçalves. Tem 80 lugares.
Foto: Facebook @municipiodobarreiro.

O barreirense António Cabós Gonçalves, que morreu a 20 de maio de 2017, é uma das figuras emblemáticas da cidade. Aqueles que o recordam, falam de um defensor de causas, várias vezes eleito como membro da Assembleia Municipal, fundador do Partido Socialista, no Barreiro, e alguém que lutou sempre pelo desenvolvimento do concelho e pela cidadania.

Do seu legado ficam inúmeros feitos em prol daquela que será sempre a sua terra e a célebre frase: “Eu sou do Barreiro, estou cá para o Barreiro e do Barreiro não quero nada, mas quero dar ao Barreiro aquilo que puder.”

Em junho do ano passado, Cabós Gonçalves foi homenageado pela Câmara Municipal do Barreiro, com a inauguração da Casa da Cidadania, que recebeu o seu nome, passando a ser um dos polos culturais da cidade. Na altura, o presidente da autarquia, Frederico Rosa, sublinhou: “Não lhe estamos a dar nada, estamos é a reconhecer o trabalho dele, que fica para inspirar outras pessoas a terem a mesma atitude, a serem cidadãos”.

Para o autarca, o espaço é extremamente importante para a cidade, uma vez que “possibilita, não só, contarmos a nossa história, como também promover debates e outras iniciativas”, acrescentando: “É um fórum cultural, um polo importante para se falar de cidadania e para se promover a participação cívica. E, além de dotar a cidade de mais uma resposta cultural, permite-nos reabilitar esta parte do património ferroviário, que estava ao abandono, no centro da cidade”.

No passado dia 19 de dezembro de 2024, quinta-feira, a Casa da Cidadania Cabós Gonçalves voltou a ser ponto de encontro para mais um momento de inauguração, desta vez, do Auditório. Com 80 lugares (mais dois de mobilidade reduzida), o anfiteatro é, segundo o presidente do município, um “espaço espetacular no Barreiro, pelo conforto, mas também por estar associado à Casa da Cidadania, onde não só temos serviços da Câmara, como também a exposição acerca da construção da democracia do Barreiro”.

A nova sala passará a receber eventos culturais e empresariais, aumentando a oferta de auditórios no Barreiro, o que, de acordo com a vereadora da Cultura, Sara Ferreira, “é muito importante para o plano de desenvolvimento do setor da cultura na cidade”.

Quem visitar a Casa da Cidadania, vai encontrar uma parede com as fotografias e as fichas da PIDE de todos os presos políticos do Barreiro, bem como um painel dedicado a todos os barreirenses que perderam a vida na Guerra do Ultramar, com os seus nomes e postos militares.

O espaço contará, também, a história de todos os homens e mulheres eleitos pelo poder local, desde a primeira comissão administrativa pós 25 de Abril. Os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal têm gabinetes à disposição, no primeiro piso.

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