Com tudo aquilo que acontece no Barreiro, é impossível ficar aborrecido — especialmente quando chega o verão. Exemplo disso é o Festival de Artes de Rua do Barreiro (FARB), agendado para os fins de semana de 4 e 5 e de 11 e 12 de julho, que vai transformar a cidade num palco a céu aberto. Pensado para o espaço público, é mais uma forte aposta no cartaz cultural, não só do Barreiro, como da “região e do País”, pode ler-se na descrição do evento.
A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal do Barreiro, conta com o apoio da DGARTES e da Candidatura à Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, atribuída ao Auditório Municipal Augusto Cabrita. Com companhias nacionais e internacionais, o FARB irá decorrer em dois espaços privilegiados da cidade: no Parque da Cidade, junto ao AMAC, e na zona ribeirinha – Polis.
A programação arranca na sexta-feira, 4 de julho, às 22 horas, na zona do Polis (junto à palavra “Barreiro”) com “Bye Bye Confetti”, da companhia espanhola La Baldufa. Trata-se de um “espetáculo de palhaços extravagantes e autênticos”, no qual humor, amor e surpresa se misturam em partes iguais. A apresentação tem duração de 60 minutos, é gratuita e classificada para maiores de seis anos.
No dia seguinte, 5 de julho, a manhã começa às 11 horas com “Orquestrina”, um espetáculo da companhia portuguesa Seistopeia, que irá contar com “músicas icónicas dos loucos anos 20”, comédia e a presença da marioneta Tina Marina. No período da tarde, às 16 horas, terão lugar duas oficinas, cada uma com a duração de 60 minutos: “Polegares Linguarudos”, da Biblioteca Aletria, na qual o desafio passa por construir fantoches de dedo com materiais reciclados (requer inscrição através do email dcj@nullcm-barreiro.pt); e “A Poesia está na Rua!”, na qual a arte inclusiva será a personagem principal e uma bicicleta-atelier convida os presentes à impressão artesanal em sacos de pano com a imagem do FARB e à exploração da “magia” da serigrafia.
Pelas 18 horas, La Baldufa regressa com nova sessão de “Bye Bye Confetti”, desta vez com 55 minutos de duração e às 22h00 horas, no Parque da Cidade (junto ao AMAC), sobe ao palco Mr. Mustache com o espetáculo italiano “Affetto d’Amore” — uma história cómica de um homem “na casa dos 30”, cujo único objetivo é encontrar o amor, interpretada por Domenico Lannutti e Franco Di Berardino.
No fim de semana seguinte, às 21 horas do dia 11 de julho, o Parque da Cidade recebe “Duelo”, da companhia espanhola Jean Philippe Kikolas. É um espetáculo contemporâneo de circo e teatro físico, que aborda temas como a perda e a aceitação da vida, numa sinfonia visual de risco, emoção e interação entre artistas e público.
Às 22 horas, segue-se “Hotel la Rue”, do Totonco Teatro, também de Espanha. Com direção de Sergio López e interpretação de Victoria Candel e Alex Torregrosa, conta a história do encontro entre Manuela e Miguel — dois caminhos que se cruzam de forma inesperada.
No sábado, 12 de julho, às 16h00, o Parque da Cidade acolhe mais uma oficina da Biblioteca Aletria: desta vez, será “Que cabeças tem um livro?”, um laboratório criativo que convida à construção de livros tridimensionais com desperdícios de papel e cartão (requer inscrição através do email dcj@nullcm-barreiro.pt). Em simultâneo, decorre novamente o atelier de serigrafia “A Poesia está na Rua!”. À mesma hora, apresenta-se também “Árvore-Nuvem”, um espetáculo de teatro de miniaturas da d’Orfeu Associação Cultural, para dois espetadores por sessão, com várias apresentações de cinco minutos cada, interpretadas pelo chamado “ator-manipulador”.
Às 18 horas, o coletivo PIA – Projetos de Intervenção Artística, apresenta “Caricature”, uma performance que junta teatro físico, acrobacia e manipulação de objetos, com quadros visuais em metamorfose contínua. O festival termina às 22 horas, com uma nova sessão de “Duelo”, de Jean Philippe Kikolas, também no Parque da Cidade.
Caso tenha ficado interessado, marque os dias na agenda e passe pelo FARB — todas as atividades têm entrada gratuita.